terça-feira, 18 de agosto de 2009

A crise acabou

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem (17/08) que os últimos dados divulgados sobre a economia brasileira indicam um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de bens e serviços produzidos, no segundo trimestre.
Meirelles citou como exemplo o crescimento da produção industrial registrada os últimos meses.

"O Brasil mostra sinais mais sólidos, como crescimento da produção industrial há vários meses, e indicações de que o PIB no segundo trimestre deve ter sido positivo", afirmou.
O presidente participou da inauguração de uma exposição com obras do artista Cândido Portinari, que está sendo realizada na sede do BC em Brasília.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também já demonstrou otimismo em relação a economia e afirmou que o País deverá apresentar no último trimestre de 2009 crescimento superior a 3%. De acordo com o ministro, para 2010 a expectativa é que o Brasil cresça mais de 5% no ano

Pela primeira vez em 30 anos, suínos não participarão da Expointer


A edição 2009 da Expointer, em Esteio, RS, será a primeira em 30 anos sem a participação de suínos no evento. A decisão de não levar os 191 animais inscritos foi tomada no final da tarde da última sexta-feira (14/08), após reunião entre representantes dos produtores, indústrias e governo na Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, na capital Porto Alegre. O motivo é o risco dos animais virem a ser contaminados pelo vírus da gripe A (H1N1) ao entrarem em contato com pessoas que eventualmente estejam doentes.

A preocupação deve-se à comprovação, em outros países, de que a doença pode ser transmitida de humanos para suínos. "É uma medida preventiva", destacou o superintendente federal do Ministério, Francisco Signor. Para ele, o prejuízo de quem deixará de vender na feira é insignificante frente às perdas que a cadeia poderia ter caso houvesse contágio.

O presidente da Acsurs - Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul - Valdecir Folador, que inicialmente defendia a participação dos animais, disse que foram realizadas consultas a técnicos e produtores, que estavam temerosos. Agora, os criadores buscarão outra forma de participar da Expointer. O presidente da Comissão de Suinocultura da Farsul, João Picoli, destacou que deve haver promoção da carne suína, para que não se perca toda a vitrine da mostra. A Expointer vai de 29 de agosto a 6 de setembro.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

H1N1: Suíno vetado

Depois de quase um mês de debates, representantes do Ministério da Agricultura, da Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, da indústria e dos criadores de suínos concordaram em não levar os animais ao parque de exposições da Expointer. Feira será realizada de 29 deste mês a 6 de setembro em Esteio (RS), na região metropolitana de Porto Alegre. A decisão foi tomada sexta-feira passada para evitar o risco de contaminação dos exemplares com o vírus da gripe A (H1N1) transmitido pelos humanos, como já ocorreu em países como Argentina e Canadá.
O consenso foi possível depois que o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Estado (Acsurs), Valdecir Folador, que insistia no envio dos animais à feira, voltou atrás na reunião de sexta na superintendência do Ministério da Agricultura em Porto Alegre.

Segundo ele, a entidade optou por uma posição "cautelosa" depois de ouvir criadores favoráveis e contrários à participação na Expointer para evitar "riscos desnecessários de um desastre econômico e social para o setor".

O superintendente do ministério no Rio Grande do Sul, Francisco Signor, já havia alertado que uma eventual contaminação dos animais na feira, por onde circulam cerca de 500 mil pessoas, provocaria o imediato fechamento dos mercados internacionais para a carne suína gaúcha devido ao risco de proliferação posterior da doença. O Estado abate mais de 7 milhões de cabeças por ano e 44% da produção é exportada. O Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips) considerou a decisão de cancelar a participação na feira como "coerente" e "sensata" para preservar a sanidade do rebanho local, segundo o diretor executivo da entidade, Rogério Kerber.

Segundo Folador, a medida vai provocar prejuízo de R$ 100 mil para a entidade e para os criadores que haviam inscrito 191 animais na exposição em função dos pagamentos que já haviam sido feitos pelos espaços e dos investimentos na montagem dos estandes.

Uma nova reunião entre os representantes do setor nesta semana deve buscar uma saída para minimizar as perdas, e a Acsurs vai pedir apoio do ministério para bancar uma campanha de promoção institucional da carne suína durante a feira que pode incluir degustações de produtos. "Estamos desenvolvendo o projeto", disse o presidente da associação.

Austrália contra gaiolas

Ovos de galinha produzidos em gaiolas estão perdendo a popularidade entre os consumidores para os produzidos em celeiros ou ao ar-livre, explicou um porta-voz do setor comercial da Austrália.

O gerente da Woolworths, produtora de alimentos que vende os dois tipos de produtos, Michael Batycki, afirmou que os consumidores estão comprando mais ovos produzidos ao ar-livre do que em gaiolas mesmo que o preço superior. Essa ação vai acelerar a mudança do mercado, visto que ovos em gaiolas estão perdendo espaço.

Batycki disse que esse movimento significa que os preços se tornarão mais competitivos e os compradores optarão por ovos-livres. "Essa decisão vai influenciar os fornecedores e pode gerar uma rápida mudança no mercado de ovos, o que é bom", explica. "Com o aumento da procura pelos ovos produzidos ao ar-livre ou em celeiros, o preço pode diminuir e criar maior acessibilidade". Batycki ainda acrescenta que a indústria pode "muito bem seguir esse caminho", mas ainda não baniu o uso de todas as gaiolas.

A Corporação Australiana dos Produtores de Ovos (AEC, sigla em inglês), afirmou que os preços dos ovos produzidos ao ar-livre cairá de acordo com a demanda, mas nunca chegará a ser tão baixo, menos de US$4, por dúzia, do que os produzidos em gaiolas, segundo relata para o Courier Mail. O presidente da AEC, James Kellaway, disse que é por essa razão que a notícia sobre o banimento de gaiolas é prematura.

"Há um crescimento na demanda por ovos-livres, mas ainda não acredito que eles substituirão a outra categoria", ele diz, acrescentando que cerca de 80% das 13 milhões de galinhas poedeiras da Austrália são mantidas em gaiolas.

De acordo com o The Advertiser, a demanda do mercado por ovos produzidos ao ar-livre crescer de 17%, em 2000, para 31%.